novembro 26, 2009

A Revolução Liberal portuguesa



Condicionalismos da revolução

Em 1806 Napoleão decretou o Bloqueio Continental, ao qual Portugal recusou aderir. Face a esta recusa, os exércitos napoleónicos, comandados pelo general Junot, invadiram o nosso país em 1807. Perante esta invasão, o rei D. João Vl e a Corte embarcaram para o Brasil, delegando poderes num governo de regência, que foi destituído por Junot, assumindo este o poder.
Em 1808, as tropas inglesas desembarcaram em Portugal, e, juntamente com o exército português, derrotaram os invasores franceses, que foram obrigados a retirar-se.
Em 1809 e 1810, o nosso país é de novo invadido por tropas francesa sob o comando de Soult e Massena, respectivamente, sendo de novo derrotadas pelo exército anglo-português comandado pelo general Beresford.
Os resultados das invasões Francesas foram desastrosos para Portugal: enorme perda de vidas humanas, a agricultura e a indústria arruinadas, roubos e destruições sem conta.
Apesar da derrota das tropas francesas, o rei e a Corte permaneceram no Brasil e o governo do país ficou entregue a uma regência, que assegurava, teoricamente, a administração do país. Na prática, eram os ingleses que governavam e o marechal Beresford era a principal autoridade do reino.
Quanto à economia portuguesa, já foi referido que a agricultura e a indústria se encontravam arruinadas também o comércio atravessava uma crise, devido aos seguintes factores:
• Abertura dos portos do Brasil ao comércio internacional, em 1808;
• Assinatura de um Tratado de Comércio com a Inglaterra, em 1810.
• A burguesia mercantil portuguesa, que, até aqui, tivera o monopólio do comércio com o Brasil, ficava assim muito prejudicada.
O descontentamento era geral e o regime absolutista mostrava-se incapaz de resolver a situação.

Sem comentários:

Enviar um comentário