dezembro 12, 2009

ALTERAÇÕES NAS ESTRUTURAS SOCIAIS

A ruína dos pequenos produtores; a emigração
As dificuldades de crescimento da economia portuguesa, com um deficiente desenvolvimento agrícola e industrial e uma forte dependência em relação ao estrangeiro, acentuaram a tendência para a ruína dos pequenos produtores.
Como resultado da situação atrás descrita, a população recorreu à emigração, fenómeno que se verificou noutros países da Europa. No nosso país, este fenómeno demográfico deu-se devido ao crescimento populacional, ao êxodo rural e ao excesso de mão-de-obra nos centros urbanos, onde a lenta industrialização não satisfazia as necessidades de emprego.
O destino tradicional dos emigrantes portugueses no século XIX foi o Brasil. As remessas de dinheiro enviadas pelos emigrantes portugueses permitiram compensar, em parte, o enorme défice da nossa balança comercial.

Crescimento e limitações da sociedade burguesa; a formação do operariado
Em 1864, a população urbana portuguesa constituía menos de um décimo da população total. A população burguesa era pouco numerosa e era constituída pela alta burguesia que estava ligada à banca e à indústria e pela pequena burguesia, composta sobretudo pelos comercian-tes e funcionalismo. A classe média era, portanto, pouco numerosa.
Tal como a burguesia, também o operariado português era pouco numeroso devido ao atraso industrial, concentrando-se sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto. A maior parte dos operá-rios era analfabeta e os sindicatos não possuíam capacidade reivindicativa.
Algumas Noções:

Regeneração - Período da História que se iniciou em 1851 e se prolongou até à década de 1870, marcado pela acção do ministro Fontes Pereira de Melo.
Dependência económica - Sistema da economia de um país, caracterizado pelo défice crónico da sua balança de pagamentos.


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