O TRIUNFO DO CIENTISMO
O século XIX ficou conhecido como o “século da ciência”, devido sobretudo ao grande desenvolvimento das ciências experimentais. Com efeito, a corrente filosófica dominante neste século foi o positivismo, defendido por Auguste Comte, segundo o qual os conhecimentos científicos eram construídos através de factos positivos, isto é, aqueles que se podiam demonstrar experimentalmente. Os principais progressos científicos do século registaram-se nas seguintes ciências:
- Ciências Naturais — estudos sobre as células, a hereditariedade e a evolução das espécies;
- Física — estudos no campo da termodinâmica, da acústica e da electricidade, que deram origem a uma nova era nas comunicações;
- Medicina — descoberta dos anestésicos, da vacina contra a raiva e isolamento do bacilo da tuberculose.
A ciência passou a dominar a vida moderna, fortalecendo a crença no progresso e na prosperidade, que está associada ao espírito científico do século XlX.
O ROMANCE REALISTA E A CRÍTICA À SOCIEDADE BURGUESA
A primeira metade do século XIX foi dominada, na literatura, na pintura e na música, peio romantismo, que enaltecia a liberdade dos indivíduos e das nações e exaltava as paixões, o amor da natureza e o heroísmo.
Os escritores e os artistas da segunda metade do século XIX passaram a interessar-se pela análise da realidade social, criticando os vícios da sociedade burguesa. Este novo movimento cultural é designado por realismo. O realismo inspira-se na vida real e no quotidiano, quer da sociedade burguesa quer da vida dos bairros populares. O romance realista constituiu um poderoso instrumento de crítica à sociedade burguesa.
Os principais representantes do realismo foram:
Na França - Gustave Flaubert e Émile Zola;
Na Inglaterra - Charles Dickens;
Na Rússia - Dostoievsky e Tolstoi.
Em Portugal - Eça de Queirós é o principal romancista representante do realismo na literatura; na sua obra Os Maios, Eça retrata e denuncia os vícios da sociedade portuguesa, especialmente da burguesia, no final do século XIX.
A ARQUITECTURA DO FERRO
Na arquitectura, a segunda metade do século XIX foi marcada pela Revolução industrial, que implicou novas necessidades e tendências na construção, ao mesmo tempo que forneceu à arquitectura novas soluções e novos materiais, como o ferro, o cimento armado e o vidro.
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