O LIBERALISMO ECONÓMICO: A AFIRMAÇÃO DO CAPITALISMO FINANCEIRO
No século XIX, surgiu uma nova mentalidade que caracterizou não apenas as estruturas económicas, mas também a sociedade em geral: o liberalismo económico. Esta doutrina rejeitou a intervenção do Estado nas relações comerciais e defendia a livre concorrência e a livre iniciativa, sujeitas apenas à lei da oferta e da procura. O liberalismo económico conduziu ao capitalismo industrial e financeiro. A crescente industrialização exigiu, cada vez mais, o recurso a grandes somas de capital para financiar os investimentos, a melhoria das técnicas de produção, a conquista de novos mercados e a obtenção de matérias-primas. Para financiar as suas actividades, os industriais tinham de recorrer a empréstimos da Banca.
Muitos industriais, reconhecendo as vantagens do aumento de capitais para a expansão das suas empresas, recorreram à emissão de acções, transformando-as em sociedades anónimas, em que os accionistas tinham um rendimento proporcional ao capital investido. A compra e venda de acções fazia-se na Bolsa de Valores. Nos finais do século XIX, assistiu-se a um movimento de concentração empresarial, em que muitas empresas se agrupavam a fim de vencerem a concorrência e enfrentarem as crises.
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